
Foram inúmeras as memórias que vivi naquele humilde casebre, pequena Manhathan.Totalmente envidrado, barrado por um lindo azul horizontal, entre céu e mar.Então me perguntava, como sorrir para o nada?Se nada não existe, quem escutaria minhas amadas declarações?
O vazio acabou tornando-se companheiro, de momentos ilustres e inusitados.Inundados de amor.Acabei tornando-me parte desse mundo, repleto de solidão, onde o vidro é a barreira para o universo.
Como digo, de nada faz falta, já não tenho minha Anna aqui, sem ela, nada mais importa.A razão foi embora.Lembro-me bem, dos seus ebânicos curtos cabelos jogados pelo rosto.A sua voz resplandece, não só em eternas memórias, mas também em um pequena carta, estampada com correntes de lágrimas.
-Jaii!Já te disse, cartas não olham nos olhos.Será que você não pode ser um pouquinho mais sincero e falar tudo sob meus calorosos verdes?-Ela riu; Eu sorri com a língua entre dentes; Ela beijou; Eu respondi; Ela [...] partiu; Eu, já não sei.
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